VERDADEIRO CRISTÃO
Leia Lucas 14.15-24:
“15 E, ouvindo isso um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no Reino de Deus! 16 Porém ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia e convidou a muitos. 17 E, à hora da ceia, mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado. 18 E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado. 19 E outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado. 20 E outro disse: Casei e, portanto, não posso ir. 21 E, voltando aquele servo, anunciou essas coisas ao seu senhor. Então, o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade e traze aqui os pobres, e os aleijados, e os mancos, e os cegos. 22 E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. 23 E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e atalhos e força-os a entrar, para que a minha casa se encha. 24 Porque eu vos digo que nenhum daqueles varões que foram convidados provará a minha ceia.” (RC)
Muitos são os que “aceitam” Jesus. Porém, muitos também são os que o rejeitam. Mas tal fato já há muito não é nenhuma novidade. Séculos antes de Cristo os profetas anunciaram isso. Isaías foi um desses profetas, e ele começa o capítulo 53 de seu livro fazendo uma pergunta/repreensão profética: “Quem Deu crédito à nossa pregação?”.
Mas Jesus, como grande Mestre que é, usa a própria rejeição como luz para trazer ensinamentos aos homens. Observando aqueles que o rejeitavam ele ensinou:
· Sobre o perigo da hipocrisia;
· Sobre o perigo da cobiça;
· Sobre o perigo da inflexibilidade;
· Sobre a importância da fidelidade;
· Sobre a importância do arrependimento;
· Sobre o Reino de Deus, etc.
Quando trazia esses ensinamentos à luz da rejeição, ele era severo para com os rejeitadores. Não hesitava em chamá-los de hipócritas, raça de víboras, e nem de dizer que se continuassem rejeitando-o seriam também rejeitados no céu, como faz no texto acima sugerido para leitura, versículo 24, em linguagem figurada.
No texto vemos que muitos convidados recusaram ir à ceia, às vezes com desculpas tolas, e, à luz desses rejeitadores, Jesus ensina que o verdadeiro cristão, aquele que irá “comer pão no Reino de Deus”, não é simplesmente quem for convidado, mas quem aceitar de coração o convite. O verdadeiro cristão é aquele que aborrecer, isto é, colocar em posição secundária em relação à Cristo até mesmo a família, e ainda a própria vida. No texto, em linguagem ilustrativa, por parábola, Jesus mostra que todos, os muitos judeus primeiro, e depois o resto das nações representadas por aqueles que estavam nos caminhos e atalhos, nos campos e valados, são convidados para receber a salvação, mas só quem a aceita recebe-a.
Muitos há, entretanto, que, quando confrontados com a verdade de que precisam receber a Cristo em seus corações, dizem: - “Mas eu recebo Jesus”. A esses peço que notem que na parábola o convite não deixou de ser recebido por muitos, mas na hora do compromisso, na hora de “ir”, eles começaram a dar desculpas... Envolvimento com terras, animais e família tiveram prioridade sobre o convite de seu hospedeiro. Assim é com muitos que dizem “aceitar” Jesus. “Aceitam-no”, mas o envolvimento com as coisas desta vida vem em primeiro lugar. Esse “aceitar” não é verdadeiro. Jesus pede exclusividade. Pedro, em sua primeira carta, em 2.9, diz que aqueles que aceitam a Jesus de verdade, são propriedade exclusiva de Deus.
O “aceitar” Jesus só como alguém que tem algo a nos dar e fazer por nós é diferente de “aceitar” Jesus como Senhor das nossas vidas. Nicodemos aproximou-se de Jesus dizendo aceitar o fato de que ele era mestre vindo de Deus. Jesus lhe diz que ele precisava nascer de novo, doutra forma não poderia ver o reino de Deus.
Jesus disse, e Mateus registrou: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mateus 16:24 DO)
Amados, seguir a Jesus custa-nos alguma coisa. Todos os demais relacionamentos, interesses e ambições nossas não poderão vir em primeiro lugar e deverão ser medidos pela Palavra de Jesus. A família, e a própria vida, coisas que estão mais próximas do nosso coração, não poderão ocupar o lugar de preeminência – esse é de Jesus.
Ser crente de verdade é ter Deus em primeiríssimo lugar. Romanos 2.28-29 diz: “... não é judeu quem o é apenas exteriormente... Porém judeu é aquele que o é interiormente...” Se contextualizarmos um pouquinho só, fica assim: “... não é cristão quem o é apenas exteriormente... Porém cristão é aquele que o é interiormente...”
Pr. Walmir Vigo Gonçalves
Acesse também: www.prwalmir.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário